Minha Poesia tem jeito de menina,
um rio na alma que desagua
na música do mar.
Mora nas idades do infinito,
possui todas as cores
e voa em vez de andar.
Minha Poesia tem sabor de vida,
perfume de terra e fascínio de lua.
Namora o vento em segredo
e toda faceira
- quando a noite cochila -
rouba um beijo da chuva.
Janaína da Cunha