12 de novembro de 2012



A lágrima solitária 
que rolou do meu olho esquerdo
descansou em meus lábios.
Seu sabor amargo e dolorido me acordou.
Arranquei a faca 
que você cravou no meu peito
e com ela colhi rosas vermelhas.
Hoje elas velam o túmulo do nosso amor:
"Aqui jaz um Coração".

Janaína da Cunha
13/11/2012

* Da Série VERSOS SOLTOS


A música desafinou
e a poesia afogou seus versos 
num copo de dor.
As verdades se estranharam...
cada uma na realidade do seu olhar interior.
E o que é verdade?
Sim, eu acreditei e ainda acredito...  em mim!
Sei quem sou e isso me basta.
Eu sou meu pára-raio.
Sou minha chuva, meu sol 
e meu próprio caminho.
Esperei atitudes certas que se calaram
na contradição do verbo.
O que dizer?
Nada.
Ninguém vai ouvir.
Quando as palavras calam, o silêncio grita.

Janaína da Cunha
12/11/2012