20 de junho de 2012

MIRAGEM




Meus olhos não revelam
os cortes que minhas 7 almas carregam.
A semente não germinada secou,
seu fantasma vagueia perdido 
em algum lugar do coração.
Eu chorei,
chorei muito... não choro mais.
Não darei de beber a quem não tem sede
e nem alimentarei quem não tem fome.
Até tentei cantar, juro, eu tentei...
mas desafinei no ultimo refrão.
Arrisquei alguns passos loucos
numa dança frenética...
nessa batida visceral do Rock'n Roll,
mas meus pés estão no chão.
Ainda posso caminhar e caminho...
sigo em frente nessa viagem.
Na estrada...
Ah... na estrada 
meus pensamentos estão livres
e sonhos pesam na bagagem.
De vez em quando ouço 
sua voz me chamando,
não olho para trás.
Você não existe mais.
É apenas uma miragem, baby...
uma MIRAGEM!

Janaína da Cunha
20/06/2012