20 de junho de 2012

MIRAGEM




Meus olhos não revelam
os cortes que minhas 7 almas carregam.
A semente não germinada secou,
seu fantasma vagueia perdido 
em algum lugar do coração.
Eu chorei,
chorei muito... não choro mais.
Não darei de beber a quem não tem sede
e nem alimentarei quem não tem fome.
Até tentei cantar, juro, eu tentei...
mas desafinei no ultimo refrão.
Arrisquei alguns passos loucos
numa dança frenética...
nessa batida visceral do Rock'n Roll,
mas meus pés estão no chão.
Ainda posso caminhar e caminho...
sigo em frente nessa viagem.
Na estrada...
Ah... na estrada 
meus pensamentos estão livres
e sonhos pesam na bagagem.
De vez em quando ouço 
sua voz me chamando,
não olho para trás.
Você não existe mais.
É apenas uma miragem, baby...
uma MIRAGEM!

Janaína da Cunha
20/06/2012

3 comentários:

J. C. Gomes disse...

Os sonhos pesam na bagagem, tenho miragem e ainda sinto envolto ao vento as reminiscencias do que não existe mais...

Carlos Orfeu disse...

É sempre uma honra contemplar um novo poema seu quentinho,ah..estimada grande poeta
que poema maravilhoso,os sonhos pesam na bagagem,realmente algumas bagagens perdi,então precisei outra para seguir viagem pela estrada da vida.
Sua poesia sempre enchem de muito encanto,fico alumbrado á cada leitura de suas páginas escritas com alma.

Mensageiro Obscuro disse...

Infelizmente tem pessoas mesmo que passam na nossa vida e não cumprem o seu papel, essas acabam sendo desmanchadas dentro de nossas mentes para que possamos seguir a vida sem elas.