20 de janeiro de 2012

SANTIDADE PROFANA


Selvagem...
profana santidade,
ingênua malícia crescente.
Diminui a razão,
cresce o desejo
e a língua mente.
Nos olhos, a busca;
na boca, promessas mudas.
A cama desenha apelos,
corpo a corpo, 
a pele desnuda.
Lençóis insanos voam pelo chão.
Braços, pernas, mãos...
impaciente, volúvel sedução!
A hora para no tempo, 
o espaço abraça o infinito.
A carne come o santo
e o gozo, os sentidos.
Entre as pernas, segredos:
tabernáculo do prazer.
Labareda de suores e gemidos,
cachoeira de erotismo,
explosão do querer!


Janaína da Cunha

Julho/2003

3 comentários:

Arcanjo disse...

lINDÍSSIMO POETA, COMO TUDO QUE VOCÊ ESCREVE...

Anônimo disse...

Janaína, não tenho muita paciência de ficar lendo poesias que sempre falam do mesmo bla-bla-bla e muito menos paciência para fazer comentários. Mas o que você escreve realmente me impressiona e me toca profundamente. Seus versos são pinturas em palavras.
Parabéns e obrigado por nos brindar com sua alma.

Janaína da Cunha disse...

Meus queridos, obrigada pelo carinho e pelo incentivo vindo através de palavras. Elas -as palavras - são combustíveis (isso quando são usadas para esse fim, né? rs).
E vamos que vamos, caros poetas, o mundo precisa de mais poesia!!
Um grande beijo no coração de cada um.
:)