8 de agosto de 2012

MERGULHO



Mergulho
em águas bravias
de misteriosas incertezas.

Mergulho
de olhos vendados,
descobertos...
fechados, abertos...
mergulho.

Banho o corpo dos meus versos
no magnetismo refletido
em outro olhar.
A imagem do verbo
no espelho das águas ocular
atrevidamente me chama...
e eu vou!

Poeta:
misto de benção e maldição!

Por que amamos com tanta intensidade...
com tanta entrega?
Por que nos deixamos levar em ondas de delírios que vem e vão...
que vão e vem...
vem e vão em vão... ou não?!

Porque essa necessidade louca,
quase mórbida,
de ser, sentir...?
Se amar é sofrer...
então, me sinto viva na dor?
Eu quero é ser feliz!

Mergulho em sinônimos
antônimos
antagônicos plurais.

Perco o fôlego, quase morro...
Reavivo no boca-à-boca da vida,
retorno e me corto entre corais...
Sobrevivo.
Insisto!
E novamente mergulho!
Sim... eu mergulho.

A alma de um homem
é o meu Oceano!

Janaína da Cunha
05/08/2012

4 comentários:

Carlos Orfeu disse...

Estimada grande poeta, banho meus olhos e minha alma nas suas águas balsâmicas,poeta seus versos me aquebrantam profundamente, lê-los e vivê-los e sentir pulsar o ritmo do coração que o poema pulsa.
Poeta, que palavras maravilhosas

"A alma de um homem
é o meu Oceano!"

Estou em arrepios com sua sempre maravilhosa essência de mulher. Um grande abração grande poeta no seu imenso coração

NALDOVELHO E A DANÇA DO TEMPO disse...

Bravo minha menina! Lindo poema.

ananita rebouças disse...

Muito bom!
Adoro esse jogo de palavras!

Cristina Lebre disse...

Maravilhosa, lindo poema, quanta identificação sinto com vc, na maneira de sentir a vida e o amor, na condição de poeta que sofre e tanto ama, e até na forma das poesias, parabéns, loura linda, te amo!