14 de novembro de 2011

A NOVA MULHER


Não é raro andarmos pelas ruas e depararmos com alguma adolescente grávida. Não é de hoje que a sociedade e a família brasileira enfrentam essa situação. Como ser mulher quando ainda se é uma menina? Não é fácil crescer de repente. A vida adulta é um caminho sem volta.

Com o aumento de meninas grávidas e mães solteiras, nos anos 80, o governo uniu-se às famílias para conscientizar nossos adolescentes. Desde então palestras sobre gravidez na adolescência têm sido dadas nas escolas. Jornais e revistas renomadas passaram a dar atenção ao problema, programas de televisão voltaram sua atenção para o assunto. A família brasileira tornou-se mais cautelosa.

Um novo tempo nasceu e o grande número de mães solteiras exigiu que a mulher saísse para o mercado de trabalho. A mulher tomou sobre si a responsabilidade de chefe de família, a provedora do lar.

A evolução dos tempos trouxe a libertação das mulheres que mantinham suas vidas abreviadas na imagem de "Amélias". Eis que surgiu uma nova mulher: forte, independente, mãe, amante, esposa e profissional capaz de competir com os homens de igual para igual. As mulheres contemporâneas, conscientes do seu "novo" papel na sociedade, não deixaram de ser femininas, contudo desvendam a força do "sexo frágil" que reside em sua essência.

Essa nova mulher chora e ri. Toma decisões importantes. Preocupa-se com a beleza e luta contra o tempo. Ela não deixou de sonhar com uma bela família, lar e filhos; apenas abriu seus olhos para um novo horizonte. A mulher dos tempos modernos sabe a diferença entre ter um bebê e ter um filho. Largou o tanque para ocupar cargos públicos; dispensou o fogão e ocupou lugares na faculdade; trocou o avental pela roupa da evolução como ser humano e cidadã do mundo.

Reflito como mulher, mãe e profissional que a nova mulher está capacitando-se cada vez mais para um universo que outrora pertencia apenas aos machos.

E os homens? Alguns exemplares masculinos ainda não estão preparados para essa nova mulher que segue incansável e perseverante na luta pela valorização e reconhecimento de sua capacidade. Cabe a nós - mães - orientar nossos filhos de forma adequada quando meninos para se transformarem em homens melhores; afinal ainda é das mulheres a maior responsabilidade na criação dos filhos.

O modo que os homens de amanhã vão tratar suas mulheres e enxergá-las dentro da sociedade vai depender muito da formação e dos valores que uma mulher - universalmente conhecida como mãe - passará a seu filho. Nossa responsabilidade é muito grande: cultivar o bom caráter do homem quando menino. As mulheres reclamam muito do modo como são tratadas pelos homens, mas está em suas próprias mãos a solução. Não ensine seu filho apenas a ser bom, mas instrua-o a ter um BOM CARÁTER e a ser JUSTO.

O verdadeiro homem apaixonado pelas mulheres não valoriza somente as curvas de um admirável corpo feminino; ele ama a essência da mulher! Seu nome é: homem contemporâneo, ou melhor, homem inteligente. Ele procura ter paciência - mesmo fingido - para ouvir as necessidades dela. Toda mulher gosta de falar e muito mais de ser ouvida; isso não mudará nunca! E, sem perder a masculinidade, esse homem tem sensibilidade de encantá-la todos os dias.

Mulher não se ganha, meu senhor: mulher se conquista e reconquista todos os dias!

Janaína da Cunha

* Nota da autora - Livro: ENTREGA - A ESSÊNCIA DE UMA MULHER (Janaína da Cunha - Editora: Nitpress)

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