28 de maio de 2012

RETICÊNCIAS...






Sei que não sou o que você precisa.
E eu? Eu tenho um mundo em minha frente
- numa aventura flutuante - para desbravar.


Digo adeus numa louca necessidade de voar.
Mas amor,
para um poeta não existe um ponto final,
as reticências sempre estarão no ar.


Nessa cidade que não dorme,
num verso e outro,
nossas rimas desafinadas
de vez em quando vão se esbarrar.
Ou talvez - quem sabe -
nos labirintos de metáforas malditas
alguma lembrança doce de nós dois
ressuscite cheia de saudade.


Por hora vou navegar os meus sonhos
num mar de possibilidades improváveis
e deixar nas reticências
motivos de interrogações
para uma melodia que não rimou.


Os poetas quando perdem seus corpos
na realidade de todas as distâncias
fazem amor com as palavras...
Três pontos... uma história que não terminou.


Janaína da Cunha
29/05/2012

Um comentário:

Carlos Orfeu disse...

Ah,é sempre uma grande honra
em me alimentar de suas sublimes poesias,e concerteza para os poetas
não existe ponto final,e nem final de história,escrevemos livros ininito sem última página,quando na terra alimentamos mais o silêncio,as palavras continuam sendo escritas,por outros lábios e dedos as nossas palavras bem vivas em cada ente vivo e ardente.Belo poema á luzir minha tarde,como diz Bandeira é uma estrela a luzir no fim do dia,realmente me ensinando a sonhar sempre no fim do dia.Um grande abração grande estimada poeta